terça-feira, 9 de outubro de 2012

CONVERSAS AO PÉ DO OUVIDO

Gritar aos quatro cantos o que se sente não aumenta o sentimento.
Somos escandalosamente felizes mesmo é na intimidade.

Quando um casal é realmente íntimo , ele se entende só de olhar 
e as pessoas em volta mal percebem. 
Um sabe o que o outro está pensando. 
São capazes até de fazer perguntas entre si, 
dar respostas e se provocar - sem usar palavras. 
É que a proximidade de um casal é construída 
durante muitas conversas "em particular". 
De vez quando vemos nas redes sociais trocas de mensagens 
publicas de amor diariamente. 
Fotos... Eu te amo pra cá... Vai ser pra sempre pra lá... 
Tudo em publico, para receber os devidos comentários e curtidas dos amigos.
Ah, que nunca fez algo parecido? 
Uma vez ou outra, tudo bem, o amor é mesmo cafona. 
E ser cafona pode ser bem divertido. Mas, 
quando a necessidade de demonstrar amor pelo namorado 
vira um hábito repetido em público várias vezes ao dia, 
cansa todo mundo: os amigos e. às vezes, o próprio namorado. 
Para mim, fazer muito estardalhaço do amor que sente, 
na maioria das vezes, parece desespero. 
Desespero em convencer a si mesmo, ao parceiro 
e aos outros de que todo esse afeto é mesmo real.
O Amor, para crescer e amadurecer, precisa de bilhetes, 
telefonemas, conversas ao pé do ouvido. Segredos! 
Aqueles só dos dois e que ninguém nem iria se interessar em saber. 
Brincadeiras, histórias vividas offline. 
Nos tempos em que tudo é anunciado em alto e bom som, 
a intimidade silenciosa está ainda mais linda.

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